A fitoterapia é uma terapia integrativa, isto é, uma prática da medicina que leva em consideração a importância da relação entre o paciente e o profissional da área da saúde, voltada para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Conhecida por muito tempo como uma medicina popular e alternativa, com ação terapêutica comprovada cientificamente, hoje a fitoterapia, que é uma das mais antigas práticas terapêuticas (com origem em 8.500AC), é reconhecida no meio médico e científico e grande aliada em tratamentos de alergias, dislipidemias, ansiedade, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, distúrbios gástricos e distúrbios intestinais.
No Brasil, a utilização de ervas está presente em todo o território nacional e não apenas por questões culturais, mas também por terem baixo custo quando comparados com medicamentos alopáticos. A fitoterapia integra o SUS através da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
Como utilizar os fitoterápicos?
A fitoterapia é um tratamento que se caracteriza pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas que vai além da erva seca e consiste em pó, tintura, extratos … sem a utilização de substâncias ativas isoladas. Plantas medicinais são aquelas que têm propriedades que aliviam e curam enfermidades e contam com uma tradição de uso como remédio, sendo fundamental conhecer a planta, saber onde deve ser colhida e como prepará-la.
O fitoterápico é o medicamento obtido através da industrialização da planta medicinal, processo esse que elimina a contaminação por microrganismos e padroniza a quantidade e forma correta de uso. Fitoterápicos para serem comercializados precisam ser regularizados pela ANVISA e sempre devem ser prescritos por profissionais habilitados.
”Se é natural não faz mal”? O consumo de medicamentos fitoterápicos tem sido estimulado com base nesse mito. Porém, ao contrário do que muitos acreditam, eles podem causar diversas reações como intoxicações, irritações, edemas e até morte, como qualquer outro medicamento.
Os cuidados são os mesmos destinados a outros medicamentos e atenção especial deve ser dispensada com gestantes, lactentes, crianças e idosos.Muita atenção na associação de medicamentos que pode diminuir os efeitos ou provocar reações indesejadas. É importante ressaltar, ainda, as possíveis interações medicamentosas entre a Fitoterapia e remédios alopáticos, o que ressalta a importância do cuidado com a auto-medicação.
Para ilustrar, vejamos o Guaco, planta de origem na América do Sul, perfeitamente adaptada ao cultivo doméstico.
Indicações: Asma, bronquite e problemas no trato respiratório.
Contraindicações: deve ser evitado por pessoas com problemas no fígado e não indicado para crianças menores de um ano.
Em excesso provoca vômitos e diarreias. Seu uso prolongado pode causar problemas na circulação e coagulação sanguínea, levando até a hemorragias.
Se é natural, não faz mal ?
Portanto, todo medicamento deve ser usado somente sob a indicação de um profissional habilitado. A fitoterapia, utilizada de forma correta, promove saúde e bem estar. Lembrando que seu uso não anula qualquer outro tipo de tratamento que se faça necessário.